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MULHER MORTA PELO MARIDO SARGENTO DA PM EM SANTOS JÁ FOI AGREDIDA E AMEAÇA POR ELE VÁRIAS VEZES

  • Foto do escritor: Guaruja milgrau
    Guaruja milgrau
  • 9 de mai.
  • 3 min de leitura

Amanda Fernandes, de 42 anos, morta a tiros e a punhaladas em Santos pelo marido, o sargento da Polícia Militar (PM) Samir Carvalho, já vivia um histórico de violência do parceiro e havia sido ameaçada de morte por ele outras vezes. Isso foi confirmado por um amigo e sócio da empresa de comércio exterior que Amanda possuía - que teve a identidade preservada por questão de segurança. Após atirar na esposa, o agente da PM também deu tiros na filha, de 10 anos.


O crime aconteceu dentro de uma clínica médica de dermatologia e estética, localizada na Avenida Senador Pinheiro Machado, no bairro Vila Belmiro, em Santos, litoral de São Paulo. A ocorrência interditou a via por algumas horas. O sargento da PM foi preso em flagrante.


De acordo com o amigo e sócio da vítima, o casamento de quase 15 anos que Amanda tinha com Samir já não ia bem há alguns anos. "Sempre houve esses problemas de agressões físicas. Toda vez que ela falava em separação, ele a ameaçava de morte", afirma o amigo e sócio.


Segundo ele, depois que Amanda abriu a empresa, do meio do ano passado para cá, a situação piorou. "Ele começou a ter crises de ciúmes de todo mundo que se aproximava dela e, o tempo todo, fazia ameaças de morte, dizendo que ia matá-la, matar os (três) filhos e se matar. Ele pensava que estava sendo traído. Depois de alguns minutos, voltava a si, mas, passados alguns dias, tudo se repetia. No final, aconteceu a tragédia que aconteceu".


Apesar das agressões, segundo o amigo e sócio, Amanda nunca denunciou formalmente o que ocorria por medo e porque as agressões não deixavam marcas. "Nunca ia dar nada no corpo de delito. Ela chegou a denunciá-lo na corregedoria uns anos atrás. Eu a aconselhei a também ir à Delegacia (de Defesa) da Mulher", conta.


Procurada, a defesa do sargento Samir Carvalho informou que não se manifestará neste momento.


Relembre o caso

O sargento tem mais de 20 anos de corporação e estava de folga no momento do crime. Assim que soube que a esposa e a filha de 10 anos estavam em uma consulta médica na clínica, ele se dirigiu para lá. No consultório, a mulher discutiu com o PM. Um médico teria separado os dois e encaminhado o oficial para fora do estabelecimento.


O médico, então, se trancou em uma sala com a mãe e a criança, enquanto a polícia era chamada. Posteriormente, o PM retornou e atirou na companheira, que morreu no local, e na filha. Ele também deu cerca de dez punhaladas na esposa.


De acordo com a PM, a corporação foi chamada por volta das 14h48 para atuar em possível situação de violência doméstica. Além de caracterizar possível violência psicológica, a denúncia indicava a presença do agressor no local. Com a chegada dos policiais militares, o sargento levantou a camisa, mostrou que não se encontrava armado e se entregou.


Às 16h07, a PM confirmou que a mãe e a filha haviam sido feridas. A mulher morreu na clínica e a criança foi socorrida e levada para a Santa Casa de Santos, com ferimentos na perna e no braço, passando posteriormente por atendimento.


A garota levou um tiro na perna direita, que se alojou na perna esquerda. Um segundo disparo acertou o ombro esquerdo e está alojado no local. Segundo apurado, a menina está fora de risco.


O sargento foi preso e a arma apreendida. Após a chegada das equipes ao local, a Corregedoria Geral da Polícia (CGP) foi chamada para apoio e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi acionado.


A Prefeitura de Santos confirmou que o Samu foi acionado para atestar o óbito da vítima no local. A Santa Casa de Santos, por meio de sua assessoria de comunicação, informou que, por volta das 15h30, a paciente de 10 anos foi levada de resgate, vítima de arma de fogo. Sobre o estado de saúde da criança, a Santa Casa disse não ter autorização para prestar informações adicionais.


A Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP-SP) informou, em nota, que o policial militar foi preso em flagrante após matar a mulher e ferir a filha. A pasta confirmou que a PM foi chamada para atender a ocorrência de violência doméstica. O sargento foi encaminhado à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos e, agora, a Polícia Militar acompanha o andamento dos trabalhos.


Fonte: Atribuna



 
 
 

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