BEBÊ DE 1 ANO MORRE APÓS SER LIBERADO DE PRONTO-SOCORRO SEM FAZER EXAMES EM GUARUJÁ.
- Guaruja milgrau
- 15 de out.
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A manicure Alenne Nayjara da Silva, de 23 anos, acusa de negligência um pronto-socorro (PS) de Vicente de Carvalho, distrito de Guarujá, no litoral de São Paulo, durante o atendimento do filho Yohan Gustavo, de 1 ano, que morreu 26 horas após ser liberado da unidade de saúde sem passar por exames. O caso ocorreu entre os dias 6 e 8 de outubro. Em nota, a Prefeitura de Guarujá afirma que o médico que atendeu o menino foi afastado. (Confira o posicionamento mais abaixo)
Segundo relato para A Tribuna, a mãe levou Yohan Gustavo ao pronto-socorro por volta das 22h40 de 6 de outubro, depois que ele passou dois dias vomitando e 24 horas sem evacuar. “Meu filho tinha evacuado diarreia amarela no dia anterior e, depois, não conseguiu mais (ir ao banheiro). Quando chegamos (ao PS), o sistema deu erro e demoraram para atender a gente. Quando ele finalmente foi examinado, o médico só deitou meu filho na maca, deu dois tapinhas na barriga e disse que eram gases”, conta Alenne.
Ela afirma que o médico não solicitou um raio X ou exame laboratorial, e prescreveu remédios. “Ele ainda pediu para o pai do meu filho ir até a sala de medicação perguntar se tinha Luftal na unidade. Eu nunca vi isso na vida, o médico pedir para o acompanhante procurar o remédio. Mesmo assim, a gente confiou nele”.
De acordo com Alenne, Yohan tomou soro e um medicamento no pronto-socorro, foi liberado por volta da meia-noite, e os pais compraram as receitas no dia seguinte à tarde, já que não havia farmácias em funcionamento na madrugada. “Ele tomou os remédios direitinho, mas à noite começou a piorar. Por volta das 2h, ele estava tremendo e suando. Achamos que era frio, mas era convulsão”, diz.
Desesperados, os pais chamaram um carro por aplicativo e foram até o Pronto Atendimento Municipal (PAM) Rodoviária, onde os médicos tentaram reanimar a criança. “Paralisaram a unidade para tentar salvar o meu filho. Ele chegou a reagir quatro vezes, mas não resistiu”, conta a mãe.
Segundo o relato, a declaração de óbito aponta como causas insuficiência respiratória aguda, abdômen agudo obstrutivo e intussuscepção intestinal — quando uma parte do intestino se dobra ou se encaixa em outra, provocando obstrução e interrupção do fluxo sanguíneo.
“Meu filho não tinha nenhum problema de saúde. Era feliz, comia bem, pesava quase 15 quilos. Se aquele médico tivesse feito um raio X, meu filho estaria vivo. Ele prometeu cuidar e não cuidou”, desabafa Alenne.
Posicionamento
Por meio de nota, a Prefeitura de Guarujá informou que, por ordem do prefeito Farid Madi (Pode), a Secretaria de Saúde (Sesau) abriu processo administrativo para apurar os fatos e já comunicou a Organização Social Instituto Bom Jesus, responsável pela gestão do Pronto-Socorro de Vicente de Carvalho (PSVC), que afastou imediatamente o médico em questão..
Fonte: Atribuna





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