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PANCADÕES FECHAM AVENIDA DE GUARUJÁ DE MADRUGADA E ATORMENTAM POPULAÇÃO; BAILES FUNK LEVAM PESSOAS A VENDER CASAS.

  • Foto do escritor: Guaruja milgrau
    Guaruja milgrau
  • 5 de jun.
  • 4 min de leitura

Um vizinho mais que incômodo: desrespeitoso e aproveitador. Assim podem ser descritos os “pancadões”, aglomerações onde motos fazendo barulho, a maioria sem placa, além de carros com som alto, que têm atormentado as vidas de moradores da Vila Edna, em Guarujá, no litoral de São Paulo. Uma auxiliar de serviços gerais, que mora no bairro e não quis ser identificada por questão de segurança, diz que os “eventos” têm ultrapassado o suportável. O problema também tem ocorrido em São Vicente.


“São muitas motos fazendo barulho, a maioria sem placa, além de carros com som alto. A avenida principal é fechada de ponta a ponta, o que impede os moradores de saírem ou entrarem em suas casas. Se alguém passar mal ou precisar de socorro, não tem como uma ambulância ou a polícia chegar”, afirma.


No último sábado (2), relata a moradora, o incômodo provocou uma reação indesejada. “Tivemos que sair de casa e dormir na casa de conhecidos, pois era impossível dormir. Muitos moradores estão fazendo o mesmo: saindo de suas casas para passar a noite em outro lugar e conseguir descansar”.


Problema antigo

A auxiliar reforça que o problema não é algo recente. “O que mais revolta é que isso acontece há anos e as autoridades ignoram. O mais absurdo é que há uma base militar bem próxima do local onde isso tudo acontece”, revolta-se.



Uma solução drástica vem sendo alimentada por ela: deixar de vez a área. “Muitos, assim como eu, estão vendendo suas casas porque simplesmente não aguentam mais viver nessa situação. Moro aqui há 40 anos. Foram décadas de trabalho duro para construir um lar — um lugar onde acreditei que viveria com dignidade e segurança. Mas hoje, com muita dor no coração, estou colocando minha casa à venda. É muito difícil ver uma vida inteira de esforço sendo deixada para trás”, resume.


A Tribuna já abordou esse problema anteriormente na mesma área. Em 19 de maio, noticiou que o pancadão, segundo a população, ocorre nas madrugadas de domingo e tem fim apenas no período da manhã, além de acontecer em uma dasprincipais avenidas do bairro.


Já em 2 de abril, foi mostrado que o problema também ocorre em São Vicente. Na oportunidade, as queixas vieram de moradores da Avenida Sambaiatuba, no bairro Joquéi Clube. Uma adega seria o chamariz para os encontros.


Prefeitura de Guarujá

Em nota, a Prefeitura de Guarujá informa que “ações vêm sendo realizadas no sentido de coibir os bailes funk na Vila Edna, por meio do trabalho das equipes da Força Tarefa, que é coordenada pela Secretaria de Defesa e Convivência Social (Sedecon), mas composta também por agentes da Polícia Militar, Polícia Civil e Ministério Público, além de demais secretarias municipais”.


“A Sedecon ressalta que, mesmo o local sendo um ponto bastante delicado para atuação da Guarda Civil Municipal (GCM), são realizadas ações preventivas, com a equipe da Força Tarefa chegando antes do horário dos bailes e dispersando os frequentadores. Porém, nem sempre isso é possível, devido à necessidade de atendimento de outras ocorrências na cidade, pois é uma demanda que exige um emprego maior de agentes e estrutura, além da experiência da Polícia Militar”, continua a nota da Administração Municipal.


“Além do auxílio à Policia Militar, a Força Tarefa também atua com os agentes fiscalizadores, autuando e multando proprietários dos veículos com aparelhos de som ligados, vendedores ambulantes sem licença, estabelecimentos que promovem estes eventos clandestinos, entre outros”.


A Prefeitura de Guarujá encerra o texto dizendo que “dados computados entre outubro do ano passado até abril deste ano demonstram a atuação da Força Tarefa no local. Foi realizado um total de nove operações, envolvendo 26 agentes, com a fiscalização de 53 estabelecimentos, 18 autuações, duas apreensões de aparelhos de som, 20 ações de apreensão de mercadorias e de 13 bicicletas. Novas ações já estão programadas para acontecerem na Vila Edna”.


Polícia Militar

Em nota, o 21º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM/I) disse que uma equipe atendeu a uma ocorrência de perturbação de sossego no último sábado (31), por volta das 2h10, na Avenida Dois, na Vila Edna, em Guarujá.


"A equipe policial realizou patrulhamento preventivo nas proximidades e verificou uma grande quantidade de pessoas na via. Contudo, não foi possível realizar um atendimento de qualidade no local, devido outros chamados e a falta de realização prévia para uma atuação eficaz", disse a corporação.


Segundo a PM, em ocorrências de perturbação de sossego, são adotadas ações "em conjunto com a Força Tarefa do Município e que demandam planejamento prévio. O planejamento se dá por conta da necessidade de atuação de outros órgãos, como a Fiscalização Municipal, atuação da Policia Civil e equipes do Trânsito".


Na nota, a PM também afirma que "se esforça diuturnamente para atender todas as solicitações da nossa sociedade", e que muitas são as missões e demandas, como "a própria prevenção a ordem pública nos demais bairros, ocorrências de cunho criminal, onde há vidas em risco".


A corporação finaliza dizendo que, no dia 31 de maio, houve uma operação em Cubatão, cidade também atendida pelo 21º BPM/I, onde "houve necessidade de reforço após a morte de um policial".


Fonte: Atribuna

 
 
 

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