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MÃE ENCONTRA FILHO DE 20 ANOS MORTO COM HEMORRAGIA NO QUINTAL DE CASA LOGO APÓS PAI FALECER EM GUARUJÁ

  • Foto do escritor: Guaruja milgrau
    Guaruja milgrau
  • 14 de mai.
  • 3 min de leitura

A dor da cabeleireira Tatiane Mara Mandu, de 41 anos, não é de fácil explicação - e nem haveria como. Mas a indignação é algo que está na ponta da língua. A morte do filho, João Victor Mandu Manzano Cruz, de 20 anos, no último dia 6, é atribuída, segundo ela, a um erro de procedimento no Pronto-Socorro de Vicente de Carvalho, em Guarujá, no litoral de São Paulo.


A unidade de saúde não providenciou, segundo ela, documentos para uma internação no Hospital Santo Amaro (HSA). Assim, problemas respiratórios que vieram depois de um grave acidente, em julho do ano passado, não puderam ser tratados. A tristeza fica ainda maior quando lembra que perdeu o pai exatamente no mesmo dia do filho.


“Ele (João Victor) teve um acidente grave no dia 30 de julho de 2024. Ele é um paciente que veio de um quadro muito grave, teve traumatismo craniano, múltiplas fraturas no rosto. Ficou 28 dias na (Unidade de Terapia Intensiva) UTI e outros 28 dias no quarto, com acompanhamento no Hospital Santo Amaro até sua alta. Ele não falava, porque teve que fazer uma traqueostomia e, como não tinha como passar a sonda, foi tudo colocado na barriga”, conta Tatiane.


Aquela situação deixou várias sequelas no jovem, como tosse e sangramentos - o primeiro, de acordo com a mãe, o fez perder muito sangue. Nos últimos tempos, as idas ao pronto-socorro se tornaram cada vez mais frequentes – no último dia 2, por exemplo, foi três vezes num espaço de poucas horas. “Meu filho pedia para ser internado, mas não deixavam. Não faziam exames, nem nada específico. Da última vez que eu passei com ele, a gente pediu o exame de tuberculose, cujo resultado saiu na segunda-feira (5) e deu negativo”, explica Tatiane.


No meio-tempo, dezenas de mensagens eram trocadas entre os dois, com apelos e frases de apoio da mãe para o filho.


Dor sem fim

No momento deliciado dessa sequência sem fim de idas ao PS, João Victor se sentiu entalado e voltou a pedir internação. “Ele estava com muita febre, e a médica disse que não iria interná-lo porque não era obrigação dela, e que o PS não tinha obrigação de fazer transferência”.


A questão ganhou contornos ainda mais tristes no último dia 6. O relato é da própria Tatiane. “Meu pai faleceu de madrugada, na casa da minha mãe. E eu estava falando com o meu filho, que estava se sentindo muito mal. Por volta de 10 da manhã, fui para liberar o corpo do meu pai e a avó do meu filho ligou, falando que ele estava passando mal. Quando eu cheguei, os paramédicos já estavam no quintal. Meu filho já estava morto”.


A missão a que Tatiane se propôs foi juntar documentos e provas que confirmem que seu filho ainda poderia estar vivo. “Foram 50 minutos tentando reanimá-lo, porque João Vitor perdeu muito sangue. E os paramédicos me falaram que era um paciente que deveria ter tido acompanhamento. É lutar para fazer justiça pelo meu filho”, descreve. Segundo ela, o laudo preliminar da autopsia fala em "hemorragia digestiva".


Outro lado

Em nota, a Prefeitura de Guarujá informa que “o paciente em questão foi atendido três vezes durante este ano no Pronto-Socorro de Vicente de Carvalho, nos dias 1º de março, 26 de abril e 2 de maio, recebendo todo atendimento necessário, inclusive com a realização de exames de imagem e laboratoriais. A Prefeitura solicitou ao Hospital Santo Amaro que encaminhe relatório sobre o caso”.


Fonte: Atribuna



 
 
 

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