MORADORES DO MACUCO COBRAM GARANTIAS EM DESAPROPRIAÇÕES CAUSADAS PELA OBRA DO TÚNEL SANTOS-GUARUJÁ
- Guaruja milgrau
- 24 de nov.
- 2 min de leitura
Moradores do Macuco, em Santos, e diretores da Mota-Engil, empresa responsável pela construção do túnel imerso Santos–Guarujá, fizeram reunião na noite de sexta-feira (21) para discutir o modelo de desapropriações previsto para o bairro. A comunidade cobrou critérios modernos e transparentes para as indenizações e afirmou que pretende garantir reposição integral dos imóveis que serão demolidos.
A presidente da Associação Comunitária do Macuco (Acom), Alcione Alves Rocha, abriu a reunião afirmando que o bairro não aceitará indefinições sobre prazos, negociações ou critérios de avaliação. Ela destacou que moradores e comerciantes precisam ser tratados como parte interessada e diretamente impactada pelo empreendimento, e não como espectadores.
Segundo ela, a comunidade exige clareza sobre o cronograma, os responsáveis técnicos e o início das tratativas. “O Macuco não aceita improvisos nem ser o último a saber”, afirmou.
O secretário da Acom, engenheiro José Santaella, classificou como inadequados os métodos de avaliação imobiliária previstos nos documentos da parceria público-privada (PPP). Segundo ele, nenhum dos imóveis atingidos está à venda por vontade própria, e todos serão demolidos para a implantação do túnel, o que inviabiliza o uso de parâmetros tradicionais para precificação.
Estado
Os diretores da Mota-Engil informaram que o Governo do Estado ficará responsável por todo o processo de remoção, estimado em R$ 544 milhões. Os representantes da construtora disseram que não querem “deixar cicatrizes” no bairro. Segundo eles a decisão pelo traçado foi política e não técnica.
Canal
No encontro, a construtora prometeu criar um canal permanente de comunicação para a comunidade acompanhar as etapas da obra e reduzir conflitos. O túnel tem custo de R$ 6,8 bilhões e é um projeto compartilhado por Estado e União.
Fonte: Atribuna





Comentários