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GOLPISTAS USAM ROSTO DE IDOSO PARA ABRIR CONTA E PEDIR R$ 117 MIL EM EMPRÉSTIMOS NO GUARUJÁ.

  • Foto do escritor: Guaruja milgrau
    Guaruja milgrau
  • 8 de jul.
  • 3 min de leitura

Um idoso de 72 anos perdeu R$ 4,5 mil após cair em um golpe durante a compra de um aparelho de fisioterapia em Guarujá, no litoral de São Paulo. Os golpistas foram até a casa dele, usaram os dados do idoso e o reconhecimento facial para abrir contas. Além disso, eles pediram mais de R$ 113 mil em empréstimos. Um dos pedidos foi aprovado e o valor transferido para a conta de uma mulher suspeita.


Ao g1, o neto da vítima, Raul Ramon do Nascimento Santos, de 32 anos, contou que o avô foi abordado na rua por dois homens e uma mulher, na última quinta-feira (3). Eles ofereceram um massageador de pernas, o que para Raul indica que o golpe foi premeditado, pois o idoso está em tratamento desde que foi atropelado, em dezembro. “Acho que já tinham estudado o meu avô”, afirmou.


Ainda no mesmo dia, o trio foi até a casa de José Antônio do Nascimento, que mora com a filha, para fazer uma suposta demonstração do aparelho. No local, pediram documentos e tiraram fotos do rosto dele. Raul disse que um dos suspeitos usava blusa com a palavra “fisioterapeuta” bordada e um crachá, o que ajudou a convencer a vítima.


“Mostraram [testaram] o aparelho na perna dele. Enquanto o aparelho ficava fazendo o tratamento, eles ficaram preenchendo fichas, conversando, tomando café e tentando [realizar o golpe]”, conta.


Na sexta-feira (4), os golpistas voltaram à casa da vítima para concluir a suposta venda do aparelho, desta vez por meio de um boleto bancário de R$ 444. Eles alegaram que seria necessário fazer um reconhecimento facial, por conta de um aplicativo da empresa. José Antônio realizou o procedimento, mas, em seguida, pediu o cancelamento do boleto e solicitou que a compra fosse feita no cartão de crédito.


Segundo o neto Raul, os suspeitos usaram as visitas de quinta (3) e sexta-feira (4) para abrir contas e solicitar empréstimos nos bancos digitais C6 Bank e BMG. Foram feitos pedidos de R$ 4,5 mil no primeiro banco e de R$ 13 mil e R$ 100 mil no segundo.


A família só percebeu que se tratava de um golpe no sábado (5), quando os criminosos voltaram à casa da vítima dizendo que precisavam fazer um novo reconhecimento facial para cancelar o boleto. Dessa vez, os familiares notaram que o aplicativo usado não era da empresa do suposto aparelho, mas sim de bancos, e confrontaram o trio.

Raul contou que acredita que o segundo banco tenha autorizado o empréstimo e que os suspeitos precisavam da biometria para concluir a transferência via Pix. “Tinham que colocar a face dele [no app do banco]. Eles chegaram, deixaram o carro ligado com um cara dentro. Assim que minha tia perguntou porque eles estavam tirando foto dele, ela entrou no carro e saiu”, relatou.

Ainda de acordo com Raul, eles constataram que uma conta havia sido criada nos bancos no sábado (5). Em contato com o Banco C6, a vítima teve acesso à conta e confirmou a transferência. A família não conseguiu acessar a conta no Banco BMG, mas foi informada pelo suporte telefônico da instituição sobre as solicitações, que seguem pendentes.

Além do prejuízo financeiro, ele contou que o golpe abalou emocionalmente a família. “Minha tia ficou triste, chorando. Ela estava junto, enganaram ela também. A gente ficou falando pra ela não ficar triste. Dinheiro se resolve. A gente ficou mais revoltado, né?”, destaca.


Sem acesso ao site do INSS

O neto da vítima relatou que o avô perdeu o acesso ao site do Governo Federal, onde consultava a conta do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas que, até o momento, não foram identificadas alterações. “Quando vem o desconto, vem no próximo mês da aposentadoria dele. Mas eu acredito que até lá a gente já conseguiu resolver tudo”, revela.

Posicionamentos

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que o caso foi registrado como estelionato qualificado, por ter sido praticado contra um idoso, na Delegacia de Polícia do Guarujá. A pasta acrescentou que diligências estão em andamento para identificar os envolvidos.

O g1 procurou o C6 Bank e o Banco BMG, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.


Fonte: G1


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