COMÉRCIO DA BAIXADA SANTISTA PREVÊ ALTA DE 7% NAS VENDAS DE NATAL E APOSTA EM COMPRAS ANTECIPADAS.

O comércio da Baixada Santista projeta um cenário favorável para as vendas de fim de ano. De acordo com Omar Abdul Assaf, presidente do Sincomércio Baixada Santista e Vale do Ribeira, a expectativa é de crescimento de cerca de 7% no faturamento, puxado pela antecipação das compras, pela retomada do poder de compra e pelo movimento pós-Black Friday.

O economista Marcelo Rocha destaca que o comportamento do consumidor mudou: ele está mais racional e atento aos preços. Apesar da inflação acumulada e do aumento dos juros, fatores que encarecem os produtos, o avanço na geração de empregos contribui para manter as compras de Natal em ritmo positivo. Segundo ele, o cenário atual permite que o público arque com as despesas típicas da época, ainda que sem grande margem para gastos extras.

As expectativas também são altas para as contratações de fim de ano. De acordo com estimativas do Sincomércio, a região deve gerar entre 4 mil e 8 mil vagas temporárias no último trimestre, número compatível com os anos anteriores no período natalino.

“Há consumidores que anteciparam compras na Black Friday e, com isso, podem reduzir gastos adicionais no Natal, por outro lado, parcela importante do público ainda reserva orçamento para compras natalinas”, explica Assaf.

Para Rocha, os itens essenciais ou muito procurados são os que devem movimentar o comércio mais cedo, pois comprar agora reduz o risco de aumento de preço ou falta de estoque. Já os produtos não essenciais tendem a ganhar força mais perto do Natal, acompanhando as promoções típicas da data.

Entre os segmentos que devem se destacar neste Natal estão as lojas de moda — roupas, sapatos e acessórios — além de farmácias, perfumarias e cosméticos. Assaf afirma que o setor de móveis também deve registrar boa procura por itens de decoração. Rocha acrescenta que eletrônicos de entrada e produtos ligados à alimentação festiva devem ter bom desempenho. Já as compras de alto valor, como eletrodomésticos grandes e eletrônicos premium, têm expectativa de crescimento menor devido ao crédito mais caro.

Fonte: SantaPortal